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De estádio à arena. Do Campeonato Cearense à Copa do Mundo. Das mais belas representações da paixão de um povo pelo futebol. Esse é Plácido Aderaldo Castelo, o nosso Castelão. Maior praça esportiva do Ceará, o estádio chega aos 50 anos e tem, em suas raízes, o preto e o branco que fazem o Ceará Sporting Club. 

Foi alvinegro o primeiro gol do estádio, ainda em novembro de 1973. Depois de um jogo de estreia sem gols, foi em um Ceará x Vitória/BA que o Castelão sentiu a maior emoção do futebol. Aos 22 minutos do segundo tempo, Erandy marcou na partida e, assim, seu nome na história do estádio. 

Com o passar dos anos, a Nação Alvinegra fez do Castelão a casa para algumas das mais importantes festas de sua história e, aqueles que nos representavam, passarela para que pudessem desfilar o que há de mais bonito no futebol. 

Foi em um dos gols do estádio que Tiquinho balançou as redes para trazer para Porangabuçu o tetracampeonato de 1978, feito que se repetiria em 1999 e 2014, em um já repaginado estádio, adaptado ao que havia de mais moderno naquele momento. 

O tempo seguiu seu curso e nomes como Sérgio Alves, Mota, Reinaldo Aleluia, Ricardinho, Magno Alves, Arthur Cabral, Vina e tantos outros explodiram o Gigante da Boa Vista em festa. 

Foi ali também que, com mais de 63 mil torcedores presentes no estádio, o Vozão ergueu sua primeira taça da Copa do Nordeste, em 2015, e onde o clube construiu boa parte da melhor campanha da história da primeira fase da Copa Sul-Americana, derrubando, entre outros, o maior campeão da Libertadores da América.  

Em 2023, ano que o Castelão chega a meio século de história, o estádio recebeu o primeiro dos dois jogos que asseguraram o tricampeonato do Nordeste, abrigando mais uma festa que só a Nação Alvinegra é capaz de realizar. 

Entre estádio e arena, em 1150 vezes, o Ceará ali esteve. Destas, 563 partidas tiveram um final feliz para a torcida do Time do Povo. Outros jogos virão, outras histórias acontecerão e é impossível pensar no futebol cearense e sem o Ceará sem o Castelão. Viver o esporte em nosso estado é estar ali e não há como encerrar esse texto que não desejando vida longa ao maior palco de nossa história. 

Feliz 50 anos, Castelão!