Foto: Stephan Eilert/cearasc.com

Para muitos, quando Ingrede dos Santos apitou o início de Ceará x JC, estávamos testemunhando o ‘jogo do ano’ para as Meninas do Vozão. Essa afirmativa não deixa de ser real, afinal decidiu-se ali um dos times que subiram à elite do futebol feminino nacional em 2022. Acontece que, para quem está imerso na modalidade em Porangabuçu, era sabido que aquele era um jogo que carregava não só os sonhos de um ano, mas também as frustrações dos três anos anteriores. 

Eram três temporadas batendo na trave. Sendo melhor em praticamente todos os aspectos, mas vendo o acesso escapar no último momento possível. Doía, entender os motivos que nos tiravam a vaga era complicado, mas mesmo de onde não se sabia, havia força para recomeçar e tentar mais uma vez. 

Em 2022, o ano começou com incertezas. Era um elenco praticamente todo novo. A exceção de peças que já haviam construído suas histórias no futebol feminino do clube e do país como um todo, chegavam atletas que ainda sonham em alçar voos mais altos na vida profissional no futebol. A base, que até bem pouco tempo nem existia, virou peça chave para a montagem do elenco e, depois de muito trabalho, o sonho da primeira divisão tornou-se realidade. 

O temor de ver o filme do "quase" se repetir, agora dá lugar a um roteiro com final diferente e a expectativa passa a ser escrever a história do Mais Querido na principal divisão do país. 

Agora, a exemplo do futebol masculino, o Ceará integra a elite do futebol feminino nacional. Pela primeira vez na história do clube, estará na primeira prateleira do futebol feminino. Além dessa vaga, o grupo de 2022 garantiu acesso ininterrupto à história do Ceará e para sempre terá seu nome gravado em preto e branco.

Matheus Pereira/Departamento de Comunicação - CSC