Foto Reprodução / Vozão TV

Nessa quinta-feira, 21/05, o volante Fabinho foi o escolhido para a rodada de perguntas, em entrevista coletiva virtual ao vivo. Mediada pelo assessor de imprensa Abreu Neto, a conversa com o atleta durou pouco mais de 30 minutos, e contou com a participação de repórteres setoristas do Clube.

A iniciativa de coletiva online é uma forma de driblar a impossibilidade de entrevistas presenciais por conta das paralisações no futebol impostas pela crise pandêmica que o País vive. Confira trechos da conversa da imprensa com o Fabinho. Para assistir à coletiva completa, clique aqui.     

 

Ibernon Monteiro (Rádio Jovem Pan): O Ceará está há mais de dois meses sem trabalhos em campo ou na academia do clube. Quando vocês voltarem, a expectativa é de uma recuperação rápida?

Fabinho: Todos os clubes do futebol brasileiro tiveram que se adaptarem a essa nova situação. O Ceará já se prepara para que possamos voltar aos treinos normais o mais perto do ideal. Dificilmente a gente vai chegar no ideal, mas quanto mais a gente se preparar para isso, ganhamos tempo. Temos que entender que foi uma situação que nunca aconteceu antes. Diretoria e comissão técnica estão alinhadas para que a gente consiga voltar o mais perto do ideal possível.

 

Danilo Queiroz (Futebolês): O que você pensa sobre esses protocolos elaboras por FIFA e CBF de retorno às atividades do futebol?

Fabinho: Tenho acompanhado algumas coisas pela imprensa; sobre os requisitos que a gente precisa para voltar. O Ceará tem nos informado diariamente, sempre que possível, nos atualizando dessas informações. Essa pandemia pegou todo mundo de surpresa. A diretoria tem contato direto com a CBF e do Ministério da Saúde. No momento como esse, a gente tem que respeitar as famílias que perderam seus entes. É uma dor incomparável. É óbvio que a gente quer jogar, mas precisamos respeitar a hierarquia dos órgãos que determinam esse retorno ou não. Temos que pensar mais no próximo.

 

Sérgio Cavalcante (Rádio Metropolitana): Mesmo com 33 anos, você corre o jogo inteiro quando está em campo, disputa jogadas; isso faz parte das suas características. Como você se imagina nesse elenco do Guto Ferreira? Acha que tem vaga para você no time titular?

Fabinho: Já trabalhei com o Guto no Internacional, em 2017. Depois que ele saiu de lá, acredito que tenha crescido ainda mais como treinador. Ele já chega no Ceará com uma certa bagagem. Eu não posso cravar para você, mas é claro que vou dar o meu máximo para entrar em campo jogando de titular. Existem outros jogadores. O importante é você trabalhar, saber esperar seu momento, e, na hora que a oportunidade aparecer, tem que agarrar. Com o Guto, pelo Inter, eu joguei mais de lateral. Mas ele já conversou comigo, me acompanhou também no Ceará e sabe a maneira que posso ajudar. Tenho que estar preparado para estar ou não jogando. A oportunidade vai aparecer. Não tenha dúvidas que eu vou dar a minha vida nos treinamentos para jogar de titular, mas tenho que saber respeitar a decisão do treinador.

 

Felipe Sena (Rádio Assunção): Você disse que não tem como saber se vai ser titular, mas pelas conversas que estão tendo, quais as características desse time do Guto para aquela equipe que o torcedor estava vendo antes dessa parada no futebol.

Fabinho: O Guto gosta de uma equipe muito organizada e inteligente. Ele passou por vídeos para a gente o que deve ser cotidiano no nosso dia a dia. Ele gosta de sinalizar nossas virtudes e defeitos nos vídeos. É um treinador que gosta de intensidade, marcação forte e compactação, que cobra dos atacantes voltarem para ajudar na defesa. São características que nós temos no elenco. Essa é a maneira que o torcedor gosta, taticamente organizado, com uma marcação forte, uma transição rápida e muita intensidade dentro de campo. Esses foram nossos principais assuntos que conversamos até o momento.

 

Déo Luis (Rádio Verdes Mares): Como estratégia, você é um cara que se cuida muito e foca muito no seu trabalho para produzir bem em campo. Como será sua estratégia a partir de agora no meio de tudo isso que está acontecendo agora?

Fabinho: Essa rotina não muda para quem já vem fazendo isso há muito tempo. Têm coisas que acontecem na nossa vida que são como uma oportunidade de mudança. Alguns acidentes e me faz pensar o que estou fazendo da minha vida. Estou na terra com um propósito que Deus me deu. Nesse contexto, não estou fugindo muito da minha rotina. Não quero aparecer mais do que os outros, mas quem me conhece sabe que esse é meu estilo de vida. É claro que, nessa quarentena, e se pergunta onde pode melhorar para ser um ser humano melhor, um pai melhor, um atleta melhor, um profissional melhor. Com ou sem pandemia, ninguém sabe se amanhã vai acordar. Eu tenho procurado me aperfeiçoar no meu corpo físico. Não tenha dúvidas que a maioria das pessoas que conseguirem passar por essa pandemia, vão ter a oportunidade de tornarem-se melhores e mais fortes. Eu acredito que estarei voltando ainda mais forte e convicto daquilo que eu quero para o futebol e onde eu posso chegar, ainda, com o Ceará. Estou mais ciente de que posso dar muito mais em todas as áreas da minha vida.

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