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Nessa terça-feira, 12/05, foi a vez do goleiro Fernando Prass participar de entrevista coletiva on-line à imprensa. Através de videoconferências, a Live do Vozão conversa com atletas e dirigentes nesse período onde o futebol nacional está suspenso temporariamente por conta da pandemia da Covid-19.

Com coletiva mediada pelo assistente de imprensa Abreu Neto, o defensor respondeu, também, perguntas dos jornalistas Danilo Queiroz, Davi César, Lucas Catrib e André Almeida. Dos assuntos abordados em quase 40 minutos de conversa, reunimos algumas respostas do Prass. Confira!

TREINOS REMOTOS: “Esse treino online é uma maneira de minimizar os prejuízos por conta dessa paralisação. É bom também para o clube a ter algum monitoramento da atividade que estamos fazendo. A gente tem que focar na parte física para, quando voltar, recuperar esse tempo perdido partindo o mais rápido possível para os treinos com bola”.

CONTATO COM GUTO FERREIRA: “Ele conversou individualmente com alguns jogadores para começa a entender o grupo e para mostrar o que ele pensa. Ninguém sabe como será o planejamento nesse remoto. Por isso, são bem importantes esse contato direto com o técnico e o acompanhamento total da comissão técnica”.

RELAÇÃO COM A TORCIDA: “É óbvio que dá para sentir o carinho do torcedor. Na perspectiva de volta, a gente deve sentir isso ainda mais forte. Aqui é uma torcida muito apaixonada. Estamos invictos no ano. Começamos com empates, mas o time deu uma embalada. A impressão que eu tive com o torcedor foi a melhor possível. Cobra muito, mas isso é normal acontecer com times de tradição. Mas a torcida do Ceará é muito carinhosa também”.

SOLIDARIEDADE NA PANDEMIA: “Acho que no Brasil cobram muito do jogador de futebol. No fim das contas, o jogador é um cidadão comum. Parece que no Brasil, entendem que o jogador é responsável por assistir pessoas na parte social, de moradia, alimentação... Mas isso não é papel do jogador, é um papel de governantes. E precisamos cobrar deles. Agora, é óbvio que a gente tem uma mídia muito grande. Às vezes, a gente ajuda, divulga isso, e é criticado. E se você faz e não divulga, é criticado do mesmo jeito. Muitas vezes, as instituições pedem para a gente divulgar para que outras pessoas vejam também. A visibilidade para essas instituições também é necessária. Essas ações que fiz para a Cajec, em São Paulo, Pequeno Príncipe, Sopai e Vozão do Bem, muitas pessoas não conheciam essas instituições. Não é para aparecer ou fazer mídia em cima disso. É que em algumas situações, eu entendo que a doação, por mais que tenha o objetivo de ajudar pessoas, tem que ser divulgada justamente para dar visibilidade para essas instituições.

A QUESTÃO DOS ESTADUAIS: "Não tenho a mínima ideia de quando vai voltar. É difícil fazer um cenário. A cada postergação dessa volta, fica mais difícil cumprir o calendário do jeito que ele é. Se dá para cumprir o calendário todo ou não, a gente só vai saber quando voltar. A situação é muito complicada. Fazer qualquer projeção é pura futorologia".

NÍVEL TÉCNICO NA VOLTA: "Isso tudo vai depender do tempo de treino que teremos na volta. Será que os clubes, os jogadores, até a própria parte comercial vão aguentar mais dias de pré-temporada para voltarem os jogos? Será que não vão abrir mão disso? A gente aqui do Nordeste é pior por causa da logística. Recuperação menor, menos tempo para treinar; vamos praticamente só jogar. E é óbvio que isso vai interferir no aspecto técnico-tático. Sem tempo para treinar, você não vai ter uma parte física, técnica e tática ideais. Não tem segredo".

CEARÁ NA COPA DO BRASIL: "Eu acho que a Copa do Brasil é uma competição de dá oportunidade para que um time que não é favorito possa surpreender. Isso porque é um torneio eliminatório. Para isso, você tem que ter um time que saiba jogar. Temos que pensar no aspecto fase a fase. Depende muito do chaveamento. É uma competição que permite surpresas".

PRASS EM CASA: "Eu estou treinando todos os dias e também faço minhas aulas da faculdade. Ficamos bem restritos estando em casa. Então, é internet, televisão e, às vezes, um churrasquinho".

REDUÇÃO NA RENDA DOS CLUBES E SALÁRIOS: “É óbvio que ninguém gosta de ter salário diminuído, mas estamos passando por um momento atípico. Nesse momento, acho que é questão de bom senso. É ruim, mas a gente entende que depende do clube. É uma parceria. São as duas partes tentando se ajudar. A gente dividiria essa conta para a balança não pesar para um lado só".

ESTADO EMOCIONAL NA PANDEMIA: "Está todo mundo angustiado com a situação. Ninguém gosta de ficar em casa, ainda mais com essa insegurança, vendo pessoas, amigos falecendo e outros em situação grave. Independentemente da profissão, as pessoas estão vivendo o mesmo momento. O sentimento geral é de apreensão".

VOLTA DO FUTEBOL EM ALGUNS PAÍSES: “O Brasil é bem maior que a maioria dos países que está querendo a volta. Esses países têm capacidade financeira e assistência em saúde social bem maiores que aqui. É outro mundo; o parâmetro é outro. A gente não pode se animar com uma volta tão rápida. Lá fora, começou a crise com a pandemia começou primeiro. A diferença de cultura, social e econômica é totalmente diferente daqui, no Brasil".

VOLTA DO FUTEBOL BRASILEIRO: “A sinalização positiva do Governo Federal à volta do futebol é um posicionamento que não leva a nada, porque não adianta nada. Governos municipais e estaduais se mostram contrário à volta. Na minha opinião, o parecer favorável à volta do futebol, agora, é descabido.

Clique aqui e confira a entrevista com o goleiro Fernando Prass na íntegra.

 

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